06 novembro, 2009

Coca Cola na Segunda Guerra Mundial

img_1211249952_675_lg Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, os soldados americanos enviaram cartas para a Coca-Cola Company, pedindo que a bebida lhes fosse fornecida. Motivada com as cartas, a Coca-Cola desenvolveu "fábricas" móveis que foram enviadas para as frentes de batalha junto com técnicos da empresa, que garantiam a produção e a distribuição da bebida para os soldados. Apesar dos custos de produção na frente de batalha serem elevados, a companhia decidiu arcar com os mesmos, numa tática de marketing, vendendo o refrigerante pelo mesmo preço praticado nos EUA. Tendo em vista a sua associação com os produtos americanos e os Estados Unidos, ela acabou exercendo o papel de um símbolo patriótico. A popularidade da bebida aumentou bastante após a guerra, quando os soldados voltaram fazendo propaganda do refrigerante. Então foi lançado um tipo de embalagem que vendia 6 garrafas de coca-cola (sixposts), a qual se tornou preferida das donas de casa americanas.

img_1211250126_823_lg Em 1941, os Estados Unidos entram na Segunda Guerra Mundial, enviando milhares de homens e mulheres para as frentes de combate. A Coca-Cola acompanha esses combatentes pois Robert Woodruff, presidente da Coca-Cola, determina que a Coca-Cola seja vendida a US$ 0,05 para todo combatente norte-americano onde quer que esteja - em qualquer parte do mundo! -, não importando o quanto isso custe à empresa. Durante a guerra os europeus experimentam a bebida. Quando a paz volta a reinar, a Coca-Cola já tem muitos negócios fora de seu território. A visão de Woodruff, de que uma Coca-Cola deve estar sempre ao alcance das pessoas, vai se tornando uma realidade. De meados da década de 40 até 1960, praticamente dobra o número de países com operação de envasamento. O período pós-guerra nos Estados Unidos é marcado pelo otimismo e a prosperidade. A Coca-Cola é parte de um estilo de vida alegre, despojado. E as imagens de suas propagandas - casais felizes, mães despreocupadas dirigindo carros conversíveis - são um bom exemplo do espírito da época.

img_1211247684_936_lg O primeiro convite veio de Eisenhower. EM junho de 1943, fez um pedido para fornecer Coca-Cola aos soldados.A empresa pressionou os engarrafadores para ceder o equipamento pesado necessário e conseguiu reunir suprimentos de xarope,gás carbônico e outros materiais. Usando como mão-de-obra prisioneiros de guerra italianos,a empresa montou e pôs fábricas em funcionamento em diversas cidades,da Argélia ao Marrocos. Ninguém esperava a explosão de pura emoção que a Coca-Cola provocou nos exércitos americanos. Os soldados passaram a dizer que queriam de casa quatro coisas: cartas,cigarros,chiclete e Coke.

img_1211249000_872_lg Em princípios de 1944, instalou-se uma engarrafadora em Nápoles,para iniciar, pela primeira vez, o suprimento de Coca-Cola a tropas na frente de batalha. A Coca-Cola se fez presente na Europa um mês apenas após a invasão da Normandia. Ao final da 2 Guerra, o alemão Max Keith, que admministrava a empresa durante o conflito, é convidado a permanecer na empresa. Fora Keith quem criara a marca Fanta, produzindo refrigerantes com sabores de frutas, devido a não contar com o suprimento do xarope. A guerra possibilitou que a Coca-Cola possuísse 63 engarrafadoras no exterior,em locais como Egito,Islândia,Irã e África Ocidental.

Coca Cola no Brasil

img_1211249034_247_lg A população de Natal foi a primeira a consumir Coca-Cola na América do Sul, em 1942, quando a chegada das tropas aliadas trouxe de carona a quarta fábrica da bebida no mundo. A bala do Mickey, vendida na Disney, também sai dali, da fábrica Sam's, que há 50 anos exporta guloseimas. Foi assim que a Coca-Cola desembarcou em Recife-PE que, junto com Natal-RN, formaram o "Corredor da Vitória", uma parada obrigatória de todos os navios que rumavam para a Europa em guerra. Para matar a sede e a saudades dos pracinhas, o refrigerante é produzido inicialmente pela Fábrica de Água Mineral Santa Clara

As primeiras cidades que receberam os técnicos da “The Coke Company” foram Recife-PE e Natal-RN, pois eram estrategicamente escolhidos para os navios que embarcavam à II Guerra Mundial. Na época, o refrigerante era produzido pela Fábrica de Água Mineral Santa Clara, em Recife, até serem instaladas as mini fábricas. Em 1943, a empresa abre uma filial em São Paulo, e inaugura uma fábrica no Rio de Janeiro, dando assim início ao Sistema Coca-Cola Brasil. Até os anos 60, foram lançados os slogans: "Isto faz um bem" (1952), "Signo de bom gosto" (1957) e "Coca-Cola refresca melhor" (1960), cuja ‘Target’ é voltada para os jovens e a família brasileira - que foi presenteada com a Coca-Cola Família (735ml).

Com o final da ‘Grande Guerra’ (1945), a “Coke Company” conseguiu conquistar o paladar de milhões de consumidores no mundo, pelo lançamento da embalagem “six-pots” – que consistia em seis garrafas da bebida. Em relação à sua presença na frente de batalha, a marca foi associada pelos soldados como símbolo do patriotismo americano. As propagandas agora continham casais felizes, mães despreocupadas dirigindo carros conversíveis, Esse estilo de publicidade construiu com otimismo e prosperidade, o espírito despojado da década de 60.

1942-Coca-Cola-TREM 1942 - Os soldados começam a ir para os campos de treinamento e Coca vai junto, todos felizes achando que a guerra ia ser muito bacana.

1943-Army-Camo

 1943 - Os americanos já estavam indo sorridentes para a guerra. É claro que a propaganda era para elevar o moral. O fuzileiro naval tem "Aquele algo mais". Notou como esse slogan, "It's the real thing" e "Coke" apareceram quase ao mesmo .

1943-Coke-ad-MILITARY-

1943 - Esse é outro fuzileiro naval, um sargento, num uniforme que não conhecemos mas com a calca "boca de sino" da marinha, que depois viria a se tornar moda nos anos 1960. A boca da calça era mais larga para permitir que ela fosse dobrada para cima nos momentos de trabalho em locais mais sujos ou inundados, apenas isso.

1942-HAPPY-SOLDIER-COCA-COLA

1942 - Já em treinamento de marcha uma pausa para Coca? Imagine se o sargento ia deixar... No insert, um estranho comentátio: "Eu sou leal à qualidade" mostrando o problema social de pessoas que eram leais e as que não eram à visão americana da guerra.

1943-COCA-COLA-SOLDIER

1943 - Esta é com um soldado do exército.

 

1943-ROYAL-CROWN-COLA-LINDA-DARNELL-&-Soldier

1943 - A Royal Crown Cola - RC Cola, mantém sua enorme série de celebridades e a atriz Linda Darnell serve um cabo da marinha e um sargento do exército, cujos rostos não importam.

1 comentários:

CrazyAngel disse...

Já pensou, nos raros momentos de tregua, os soldados erguerem uma bandeira da coca-cola ?! E os lados envolvidos nos conflitos pararem só para tomar uma coca?! No meu caso, seria considerada traidora pois gosto é de PEPSI TWIST rs.
Muito bom esse post!
Como outras marcas famosas, que se tornaram multinacionais, a Coca ganhou o mundo graças as propagandas que conquistaram espaço em todos os meios sendo utilizadas como símbolo de uma época em que a hegemonia dos EUA estava se consolidando perante o mundo.
Tem lançamento no Cripta: Jogos Mortais 6 :o)
Beijo, bom fds e até...

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