18 maio, 2009

Jornal “O Globo” - Outro Navio do Brasil Afundado Pelo Eixo!

O Brasil na Segunda Guerra

Especial: Brazilian Expeditionary Force - FEB

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O Brasil teve 34 navios torpedeados pelos submarinos do Eixo durante a Segunda Guerra. Com exceção do navio Taubaté (torpedeado em 22 de março de 1941, no Mediterrâneo, próximo ao Egito, o que causou a morte de uma pessoa), todos os torpedeamentos ocorreram depois de o Brasil romper relações diplomáticas com o Eixo.

De fevereiro a agosto de 1942, dezenove navios brasileiros foram torpedeados, o que causou a morte de 742 pessoas. Os torpedeamentos continuaram a ocorrer depois de agosto de 1942, quando o Brasil declarou guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista.

O último navio brasileiro a ser torpedeado foi o Vital de Oliveira, em 19 de julho de 1944, quando seguia em direção ao Rio de Janeiro, após escalas no litoral do Nordeste e em Vitória. A maioria das embarcações brasileiras torpedeadas era de navios mercantes. As exceções foram o Vital de Oliveira, que era um navio de guerra (por causa do ataque, da sua tripulação de 275 pessoas morreram 99) e o Shangri-lá, um barco pesqueiro, atacado em 22 de julho de 1943 (as dez pessoas que estavam nesse barco morreram).

Para a maioria dos brasileiros que precisasse viajar de um estado para outro ou de uma região para outra, uma das poucas opções disponíveis era utilizar navios. Era comum navios mercantes transportarem passageiros, que aproveitavam as escalas para viajar de um ponto a outro do país. Assim, qualquer família brasileira que estivesse viajando de navio naquela época corria o risco de ser vítima de um ataque submarino.


E para quem morava no litoral do Nordeste, a guerra não parecia uma realidade tão distante quanto poderia parecer para os brasileiros de outras regiões. Um exemplo disso é o que ocorreu com o navio Baependi, afundado por volta das 19 horas do dia 15 de agosto de 1942. Somados tripulantes e passageiros, o navio transportava 306 pessoas, das quais 270 morreram.


No dia seguinte, cadáveres (inclusive de crianças) apareceram, trazidos pela correnteza, na praia próxima à vila de Mosqueiro, na costa do Sergipe. As ondas também trouxeram malas com pertences dos passageiros e pedaços do navio.


Poucas horas depois, chegaram notícias dos afundamentos de outros dois navios brasileiros: o Araraquara (cujo torpedeamento também ocorreu no dia 15 de agosto, causando a morte de 131 pessoas - apenas onze sobreviveram ao ataque) e o Aníbal Benévolo (cujo torpedeamento ocorreu no dia 16 de agosto, causando 150 mortes - apenas quatro pessoas sobreviveram).

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