Afro-americanos lutaram em todos os grandes conflitos nos quais os Estados Unidos estiveram envolvidos, da Guerra de Independência em diante. Freqüentemente serviram com distinção – o 54º de Voluntários de Massachusetts durante a Guerra Civil, os 9º e 10º de Cavalaria de Negros durante as guerras contra os Índios e a Guerra Hispano-Americana e o 369º Regimento durante a 1ª Guerra Mundial, todos estabeleceram impressionantes registros de combate.
Ainda assim, em cada nova guerra na qual os Estados Unidos estiveram envolvidos, o sistema dos americanos brancos tendia a esquecer a contribuição feita pelos soldados negros em conflitos anteriores. A cada vez, soldados negros eram lançados em combate em unidades racialmente segregadas e tinham que novamente provar seu valor. Dos 990.000 negros americanos selecionados para o serviço militar durante a 2ª Guerra Mundial, somente uma divisão negra combateu como infantaria na Europa – a 92ª Divisão de Infantaria. A imensa maioria dos afro-americanos usando uniforme foi designada para unidades de construção ou intendência segregadas ou colocados em unidades que faziam serviços desagradáveis, como registro de sepulturas. O ponto de vista do governo era que os negros não seriam suficientemente motivados ou agressivos para lutar.
Apesar da 92ª ser conhecida como uma unidade negra e seus praças e a maior parte dos oficiais inferiores eram negros, os oficiais superiores eram brancos. A 92ª, que tinha combatido na França durante a 1ª Guerra Mundial, foi ativada mais uma vez em 1942. Sob o comando do General de divisão Edward M. Almod, a 92ª iniciou seu treinamento de combate em outubro de 1942 e seguiu para ação na Itália no verão de 1944. A unidade continuou uma longa e altiva tradição ao manter o búfalo como seu escudo divisional. Sua insígnia circular de ombro, que mostrava um búfalo negro em um fundo verde oliva, era conhecida como “o búfalo” – assim como o jornal oficial da divisão. A 92ª chegou até a ter um búfalo vivo como mascote.
O apelido “soldado búfalo” data do final dos anos de 1860, quando os soldados negros se apresentaram como voluntários para o oeste americano. Os índios americanos, que encaravam a nova ameaça como “homens brancos pretos”, inventaram o termo “soldado búfalo” como mostra de respeito para um valoroso inimigo. De acordo com uma história, os índios pensavam que os soldados negros, com sua pele escura e cabelos encarapinhados, pareciam búfalos. Outra história diz que o nome vem do couro de búfalo que muitos soldados negros usavam durante os duros invernos no oeste, como um suplemento à seus inadequados uniformes do governo.
Na primavera de 1944, depois de anos de pressão da comunidade negra, o governo relutantemente revogou sua política de excluir soldados afro-americanos do combate. Em 30 de julho de 1944, a primeira leva de soldados búfalo – o 370º Grupo de Combate Regimental – desembarcou em Nápoles, Itália, onde foi recebido por uma jubilosa multidão de soldados negros de outras unidades do exército. O resto da divisão chegaria poucos meses depois.
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Afro-americanos da 92ª Div. na frente Appennine – Itália abril 1945
Soldados da 92º Div. operando um mortar –Itália abril 1945
Os soldados da Infantaria 92.ª Div. com um soldado alemão capturados – Abril 1945
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